segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

Eu me sinto feliz

"Então, eu me sinto feliz. E todas as estrelas riem docemente."

Pequeno Príncipe - Antoine de Saint-Exupéry

As estrelas

E o Principezinho parte....

"- Tu compreendes. É muito longe. Eu não posso carregar este corpo. É muito pesado. Mas será como uma velha concha abandonada. Não tem nada de triste numa velha concha. Será lindo, sabes? Eu também olharei as estrelas. Todas as estrelas serão como poços com uma roldana enferrujada. Todas as estrelas me darão de beber..."

E então,

"- Tu olharás, de noite, as estrelas. Onde eu moro é muito pequeno, para que eu possa te mostrar onde se encontra a minha. É melhor assim. Minha estrela será então qualquer das estrelas. Gostarás de olhar todas elas... Serão, todas, tuas amigas.

- Quando olhares o céu de noite, porque habitarei uma delas, porque numa delas estarei rindo, então será como se todas as estrelas rissem! E tu terás estrelas que sabem rir!

- E quando te houveres consolado (a gente sempre se consola), tu te sentirás contente por ter me conhecido. Tu serás sempre meu amigo. Terás vontade de rir comigo. E abrirás às vezes a janela à toa, por gosto... E teus amigos ficarão espantados de ouvir-te rir olhando o céu. Tu explicarás então: Sim, as estrelas, elas sempre me fazem rir."


(Antoine de Saint-Exupéry - Pequeno Príncipe)

segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

Por onde ando? Por onde andei? Por onde andarei?

Ando simplesmente tocando em frente....

"Ando devagar porque já tive pressa
E levo esse sorriso porque já chorei demais
Hoje me sinto mais forte, mais feliz quem sabe
Só levo a certeza de que muito pouco eu sei
Ou nada sei."

(Tocando em frente - Almir Sater)


Linguagem e vida

"A linguagem e a vida são uma coisa só.
Quem não fizer do idioma
o espelho de sua personalidade não vive;
e como a vida é uma corrente contínua,
a linguagem também deve evoluir constantemente.
Isto significa que como escritor
devo me prestar contas de cada palavra
e considerar cada palavra o tempo necessário
até ela ser novamente vida.
O idioma é a única porta para o infinito,
mas infelizmente está oculto
sob montanhas de cinzas."

(João Guimarães Rosa)