Do querido amigo Allan Lopes
Portal Sustentabilidade a Distância
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Outro momento base, onde perdemos muita energia é quando nos desconectamos de algo. A conexão é aquilo que chamamos de Amor. O que define o amor é a vontade e a capacidade de duas coisas se conectarem, seja num nível físico, emocional, mental ou espiritual. Ou mesmo em todos estes níveis. Amamos pessoas, coisas, trabalhos, funções na vida, momentos, enfim, estamos sempre nos conectando com aquilo que gostamos.
Muitas vezes o que gostamos nem sempre é saudável para nosso ser. Por exemplo muitas pessoas amam fumar, mesmo sabendo que isto as fere física e psicologicamente. Muitas vezes nos apegamos a pessoas que não nos fazem bem, que nos diminuem, mas mesmo assim as amamos.
O Amor é a cola universal. Aquilo que liga tudo. Quando somos capazes de amar tudo e a todos, sem condições prévias, sem selecionar apenas aquilo que gostamos e separar aquilo que não nos agrada expandimos nossa existência, nos ligamos amais e mais partes no universo, até que algum dia talvez sejamos capazes de nos unir ao cosmos, e fazermos com que o Uno e o Verso possam verdadeiramente ser chamados de Universo.
Quando nos desconectamos de algo estamos negando uma parte do universo, e citando novamente Fernando Pessoa “Em que biologia é que o volume dos órgãos tem mais vida que o corpo?” Ou seja, quando nós enquanto órgãos ou células nos desconectamos do grande corpo universal perdemos vitalidade, perdemos energia. Quando algo que não nos agrada acontece imediatamente queremos fugir daquilo, ignorar, fingir que não existe. Isto gasta grande quantidade de energia e não resolve o problema, mantemos aquilo vivo pela força da negação. E estaremos continuamente desperdiçando energia naquele sentido, mesmo que não o notemos. Se por outro lado aceitarmos que aquela situação ou coisa, ou pessoa existe, abraçarmos aquela situação como ela é, para apartir daí assumirmos uma postura de resolução da questão estaremos inevitavelmente efetuando o processo de amar em um nível maior e conseqüente nos unirmos mais ao universo, o que nos trará mais energia.
Portanto os 5 A´s são:
Aceitar,
Abraçar,
Assumir,
Agradecer e
Amar.
Onde os últimos são apenas um resultado natural dos 3 primeiros.
Diante de qualquer situação, mesmo que desagradável em primeiro lugar não lute contra a sua existência, aceite a situação ou coisa ou pessoa exatamente como ela é, sem querer modificar nada. Absolutamente nada.
Em segundo lugar abrace a situação ou sentimento, ou pessoa de um ponto de vista inicialmente psicológico, e depois se possível fisicamente. Abraçar a situação significa se tornar um com ela. Todos nós em algum momento de nossas vidas passamos pela dura experiência de sentirmos dor por um período prolongado de tempo. Seja um osso quebrado que leva horas para ser imobilizado e depois dias para parar de doer, seja um machucado forte que aconteceu, ou seja uma dor da alma, a perda de um ente querido, ou a separação de um cônjuge, ou a saída de um filho de dentro de casa. A princípio a dor é agudíssima, intensa. E esta será tanto maior quanto a nossa incapacidade de aceitar a situação. Tomemos por exemplo o quebrar de uma perna. A princípio, além da dor da própria perna vem a vontade de que aquilo não esteja acontecendo, que você não tenha que ficar de molho com a perna enfaixada por um período de tempo, que você possa sair para fazer o que quiser. Esta luta e revolta é inútil, pois em algum momento você terá que Aceitar a situação. Portanto que seja o quanto antes, para que assim perca pouca energia. Num segundo momento onde a dor é ainda muito forte tentamos lutar contra a dor, gritamos, mexemos, culpamos a nós mesmos, os outros e a situação. Queremos que a dor passe. Mas ela não passará tão cedo, primeiro temos que ir ao hospital tirar radiografia engessar o membro e ir para casa medicados e com a ciência de como serão os próximos dia. Se observamos veremos que a dor diminui antes ou logo quando chegamos ao hospital. Isto não porque o tempo diminua a dor por si só, mas porque tivemos tempo de abraçar a dor, de pararde lutar contra ela e deixar ela vir. Permitimos a nósmesmos sentir aquela dor o máximo possível, ela foi mais forte que nós e nos venceu e por isso quando paramos de espernear, gritar, gemer, é porque abraçamos a dor, e então paradoxalmente ela diminui justamente quando nos unimos com ela, quando a abraçamos.
A partir daí só resta uma saída, assumir a responsabilidade pelo ocorrido. Assumir a responsabilidade significa tomar a atitude necessária para resolver o problema. No caso do osso quebrado é ir ao hospital e depois seguir todas as orientações médicas. No caso de algo psicológico significa procurar resolver aquele problema, seja conversando com quem faz parte dele, seja internamente se trabalhando, seja procurando um psicólogo para ajuda pessoal.
O resultado será o amor a si mesmo, o amor ao seu corpo,no caso da perna quebrada. Ou o amor à situação psicológica, à pessoa que partiu. O amor tem como primeiro filho a Gratidão. Ao amarmos verdadeiramente, de modo natural um sentimento de gratidão nasceflui e toma conta de nosso ser.
A partir de agora quando qualquer coisa que não te agrade aconteça siga esta sequencia de procedimentos:
Aceite que aquilo está ocorrendo.
Abrace, ou se preferir outra palavra acolha, a situação, torne-se um com ela. Isto não significa concordar com o que está acontecendo, significa apenas acolher o que existe para em seguida tomar o próximo passo.
Assuma a responsabilidade sobre a sua parte na questão, assuma uma postura de resolução e não de foco no problema, assuma o que deve ser feito.
Naturalmente, se você seguir estes passos o Amor e o Agradecimento surgirão e você saberá que fez a coisa de maneira certa. O Amor e o agradecimento serão seus índices de checagem. Na ausência deles volte atrás no processo e veja que etapa das 3 acima você pulou.
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